“Acima de tudo, esteja à vontade, seja tão natural e aberto quanto possível. Sossegadamente abandone a armadilha do seu eu ansioso habitual, solte a avidez e relaxe-se na sua natureza verdadeira. Pense nesse seu eu ordinário, emocional e comandado pelo pensamento, como um bloco de gelo ou de manteiga deixado ao sol. Se está sentindo-se duro e frio, deixe essa agressão derreter nos raios de sol da sua meditação. Deixe a paz trabalhar em si e lhe deixar assumir sua mente dispersa… e despertar em si a consciência e a percepção da Visão Clara. E vai ver toda a sua negatividade desarmar-se, a sua agressão dissolver-se e a sua confusão evaporar-se lentamente como uma neblina dentro do céu vasto e puro da sua natureza absoluta”.
— Sogyal Rinpoche, em “O Livro Tibetano do Viver e do Morrer”
“Deixe essa agressão derreter nos raios de sol da sua meditação”… Deixe… Nada a fazer, não ir a lugar algum. Permitindo a experiência de deixar, podemo-nos abrimos finalmente à compreensão do momento. Deixar a agressividade ou a confusão ali, derretendo… Na magna prática de soltar e deixar (a meditação).
Penso que o sol, neste caso, é a consciência. O gelo ou a manteiga seriam algo como os pensamentos ou crenças ou interpretações ou opiniões a respeito do que se está vivendo, que pode ser algo duro e frio. Duro por ter sido comparticipado e não ter mais flexibilidade para realmente experimentar o momento (como achar que esse momento de agora é igual a outro que passou), e frio porque não tem o calor das coisas vivas, que pulsam e fluem com as experiências. Deixados à sua própria sorte, sem serem alimentados, serão naturalmente derretidos pela luz da consciência.
Este enxerto acima faz parte do livro “The Buddha Is Still Teaching” (Shambhala Publications, 2011)
Estou adorando…… começando a entender… um dia vou acabar aprendendo a meditaç
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Meditação
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