Como conviver com pessoas que fazem-nos mal sem nos afastarmos delas?
Essa pergunta (feita mentalmente em várias ocasiões, talvez, por muitos de nós) foi feita por uma cibernauta à Monja Coen pelo Facebook. A resposta veio num vídeo publicado no YouTube.
Monja Coen respondeu à essa pergunta pertinente com outras tantas: o que é fazer mal? E como exactamente uma pessoa faz mal a si? Quais as emoções que essa pessoa provoca? E é ela mesmo que provoca ou estes sentimentos já estão em si?
Raiva, frustração, tristeza, irritação. Segundo a Monja, já temos estes sentimentos dentro de nós. A pessoa ou uma situação que lhe faz mal são apenas o gatilho. Muitas vezes, podemos simplesmente optar por evitar essas pessoas ou essas situações. Em outras, é mais complicado. Então, quando não podemos afastar-nos, o que fazemos?
Transformamos a forma como encaramos essa dificuldade.
Diz a Monja Coen: “transforme essa pessoa no seu mestre”. Não no sentido de idolatrá-la, fingir que está tudo bem ou forçar uma convivência que não é necessária. O que Monja Coen quis dizer é: procure encarar essas situações como algo que pode usar para evoluir. Quando algo acontecer e vier aquela sensação de raiva, sinta. Respire. E então, deixe a raiva passar. Procure entender o que, exactamente, naquela pessoa ou naquela situação, mexe tanto consigo. Aos poucos, entendendo e não reprimindo esses sentimentos, consegue tomar atitudes em relação ao que lhe faz mal, seja para conseguir afastar-se disso ou aprender a lidar melhor com esses sentimentos.
Monja Coen deixa bem claro: não dê a ninguém o poder para o controlar. Não deixe ninguém provocar as suas emoções. E quando fica enraivecido com algo que a outra pessoa fez, o poder está todo nela. É difícil, olhar as coisas desta forma, mas essa pessoa ou essa situação estão ensinando-lhe alguma coisa. Quando descobrir o que é, a sua reacção a uma agressão verbal, por exemplo, não será a mesma. Vai mudar. Essa pessoa não vai conseguir mais a resposta que quer de si. E, então, ela vai precisar mudar também.