
Num mosteiro budista, um monge novato estava agindo de forma rebelde às normas do local, causando um certo tumulto e mau ambiente. O mestre, percebendo o desconforto da comunidade dos monges, resolveu chamar a atenção do monge rebelde determinando-lhe que ficasse num alojamento à parte dos restantes para que reflectisse sobre a sua conduta. Contrariado, mas obediente, o monge aceitou a ordem e foi levado ao tal alojamento.
Passaram-se algumas semanas e o monge ainda estava no mesmo aposento, onde lhe levavam diariamente comida e água que eram deixadas numa abertura da porta. Todo esse tempo de enclausuramento fez com que chegasse à conclusão que havia de facto passado dos limites com aquela atitude de rebeldia. Estava realmente arrependido.
O tempo passava e já fazia alguns meses que o monge estava lá, quando começou a inquietar-se e pensou, indignado: Sei que abusei da minha liberdade, mas não acho que a minha atitude tenha sido tão grave ao ponto de ficar tantos meses nesta prisão. E pensou que quem passou dos limites foram eles. Que não ia mais aceitar tamanho absurdo. Que ia sai dali imediatamente, nem que tivesse que arrebentar a porta.
Neste momento, o monge aproxima-se da porta e, numa atitude enraivecida, tenta forçar a tranca da porta para arrombá-la logo de seguida. Ao fazer isso, a porta abre-se sem qualquer esforço da sua parte. Espantado, o monge nota que a porta estava aberta durante todo o tempo em que permanecera ali.
Era uma falsa prisão. Onde teve tempo para reflectir, e entender que não era a revolta que o soltava, mas sim a consciência plena de sentir e seguir os pensamentos.
Gratidão pelos ensinamentos sempre esclarecedores e propícios para qualquer momento!
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Sempre ao dispor ❤
Namastê 🙏
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